O Rio Grande do Sul, com produção em 449 municípios (89% das cidades
gaúchas), está entre os principais produtores de leite do país, em torno de 10%
da produção nacional. Pelo menos 70% desse total estão na metade norte do
estado. Porém, a metade sul é onde se encontra o maior potencial de
crescimento produtivo, despertando o interesse das empresas que atuam no
setor.
A produção de leite no estado em 2006 esteve em torno de 2,46 bilhões de
litros, com produção diária de 6,76 milhões de litros, sendo que para 2007 se
estima que chegue a 7,1 milhões, e mais de 60% da produção é exportado para
outros estados em forma de leite UHT e derivados, também para outros países
como leite em pó e condensado.
No estado do Rio Grande do Sul, o setor lácteo movimenta em torno de R$ 7,5
bilhões ao ano (5% do PIB gaúcho), com aproximadamente 70 mil produtores e
300 mil pessoas dependentes da cadeia produtiva do leite, com geração de 799
empregos diretos para cada milímetro de litro processados por dia.
Segundo projeções para o estado, no prazo de 4 anos a produção deverá
chegar a mais de 10 milhões de litros de leite ao dia, sendo que de 2004 a 2006
o crescimento na atividade leiteira chegou a 35,42% e, no primeiro semestre de
2007 registrou um aumento de 14,5% chegando a 1,1 bilhão de litros contra 960
milhões em 2006, podendo fechar o ano com crescimento de 20% na produção.
Atualmente tem-se 232 indústrias instaladas no estado que adquiriram em 2006
2,25 bilhões de litros do leite “In Natura”, sendo que o incremento na produção
leiteira está ocorrendo, principalmente, em função da instalação de novas
empresas que atuam no recebimento e beneficiamento do leite, tal como Italac
em Passo Fundo, Nestlé em Palmeira das Missões, Embaré em Sarandi e
CCGL em Cruz Alta, como também ampliação das já existentes como Bom
Gosto em Tapejara, Parmalat em Carazinho, Corlac em Erechim, Avipal em
Lajeado, Cosulati em Pelotas e Elegê em Passo Fundo, empresas que
necessitarão cada vez mais da matéria prima “leite”.
A média de preço recebido pelo produtor no primeiro semestre de 2006 foi de
R$ 0,35, sendo que em 2007 subiu para R$ 0,65, principalmente em função do
aumento da demanda e concorrência entre as empresas que necessitam da
matéria prima. Esta tendência deverá se manter durante os próximos 10 anos.
O consumo médio de leite pelo brasileiro está em torno de 140 litros per capita
ao ano, a tendência é de aumento e poderá chegar a 200 litros, que é a
recomendação da Organização Mundial da Saúde – OMS.
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